Na maioria dos países do mundo, há um dia para celebrar o Dia das Mães, outro para o Dia dos Pais e ainda um terceiro, o Dia das Crianças. Em Israel não temos essas datas comemorativas em forma individual; temos um dia especial chamado “Dia da Família” – “Iom HaMishpachá”.
Esse dia teve um processo de desenvolvimento na história de Israel: em sua primeira etapa, apenas era celebrado o Dia das Mães, até que no ano 2000, o Ministério da Educação decidiu que o dia 30 de Shevat seria celebrado como o “Dia da Família” em todo Israel, em homenagem à unidade familiar e sua importância na sociedade israelense.
A data foi escolhida em homenagem a Henrietta Szold (esta foi a data de sua morte), embora Henrietta não tivesse filhos, ela era conhecida pelas crianças que faziam aliá – crianças que imigraram para Israel de todo o mundo – como “a mãe de todas as crianças”.
Henrietta Szold, nascida nos Estados Unidos, liderou o “aliat haNoar” e fundou várias instituições de apoio a crianças e jovens que vieram morar em Israel.
Em 1904, Henrietta Szold iniciou seus estudos no JTS – o Seminário Rabínico Conservador em Nova Iorque. O presidente na época, Shneur Zalman Schechter, aceitou seus estudos na condição de que ela não pedisse o título de rabina ao final de seus estudos. Ela foi a primeira mulher a estudar no JTS.
Em 1912 ela organizou um seminário no Templo Reformista “Emannuel”, onde fundou, junto com 38 mulheres, a “histadrut hatzionit Hadassah”.
Yom HaMishpachá em Israel se tornou um dia de amor e celebração para mães, pais e filhos. É particularmente popular nas escolas e jardins de infância, onde as crianças criam projetos de arte e escrevem cartisei brachá – cartões com bênçãos – para cada membro de sua família, e trazem fotos de seus familiares para expor na escola.
Hoje o movimento reformista em Israel transmite especialmente a importância de reconhecer os diferentes tipos de famílias que existem. Já não podemos mais falar apenas da família “pai-mãe-filho(s)”, hoje temos todos os tipos de família e todas elas devem ser reconhecidas e celebradas, famílias como pai-filho(s), mãe-filho(s), pai-pai-filho(s), mãe-mãe-filho(s) e mãe-filho(s).
E não apenas no movimento reformista. Se no passado, nos ganim (jardins de infância) e nas escolas, cartazes eram colocados com desenhos ou fotos com a família “típica”, hoje as instituições não ortodoxas se esforçam para colocar cartazes onde possamos ver o amplo espectro de famílias que existem, reconhecendo o que todos nós sabemos hoje: a família é o grupo de pessoas que se preocupam e se amam, sem importar qual seja a sua composição.
–
Rabina Deby Grinberg-Wajnberg
Kehila Yozmá www.yozma.org.il