Como resposta a preservar a memória de uma comunidade quase centenária, surgiu o projeto de contar a história de uma instituição para as novas gerações. Mergulhamos durante oito anos na procura de informação sobre a imigração judaico-alemã ao Rio Grande do Sul.
Resgatamos as histórias dos fundadores da SIBRA e a dos seus descendentes, através de documentos, fotografias, objetos e depoimentos em vídeo. Criamos dentro da própria sinagoga um espaço para atrair os nossos próprios associados, educadores, alunos, pesquisadores e público em geral, tornando o nosso espaço educativo um local aberto para todos.
Fomos à procura de parceiros, e depois de muito trabalho e oito anos na elaboração e aperfeiçoamento do projeto, encontramos o apoio do Consulado Geral da Alemanha em Porto Alegre, da Embaixada da Alemanha no Brasil e do Ministério de Relações Exteriores da Alemanha; depois se somaram empresas e associados que entenderam a relevância do projeto.
Montamos uma equipe de trabalho, com profissionais e voluntários e as tarefas não pararam mesmo em tempos de pandemia. A relevância e a envergadura do projeto trouxeram, até Porto Alegre, o Embaixador da Alemanha e os Cônsules desse país para o ato inaugural.
Criamos um Memorial no século XXI para contar a história de uma instituição fundada no século XX, e com isso tivemos que procurar um modelo de resgate que atenda às demandas atuais. Por isso o centro do projeto é ocupado por uma enorme tela touch screen, onde o visitante pode procurar fotografias relacionadas com o Ciclo da Vida judaica das famílias ligadas à SIBRA, pode procurar sobre festividades e eventos, assim como também procurar por atas e documentos antigos.
Todo o material foi organizado por décadas para permitir a busca e pesquisa. Chamou a atenção dos menores reconhecer pessoas importantes no presente da comunidade judaica porto-alegrense. As fotografias antigas mexeram com os sentimentos dos associados de mais idade. Percebemos sentimentos misturados de lembranças, saudades e alegria.
O Memorial ganhou o seu espaço no ano em que a SIBRA comemora 85 anos de existência e se prepara para o seu centenário. Um grupo de associados será treinado para receber os visitantes e contar as histórias relevantes.
Fora os objetos materiais, o coração do Memorial está numa nuvem – por motivos de segurança – e proximamente, assim que a situação com a pandemia melhorar, serão permitidas as visitas ao local.
Sejam todos bem-vindos ao Memorial da Imigração Judaico-Alemã da SIBRA!
Rabino Guershon Kwasniewski